A infraestrutura física que sustenta a conectividade no Brasil, incluindo postes, estradas, fibras ópticas, dutos e torres, é uma base essencial que muitas vezes passa despercebida pelo público. Segundo Hermano Pinto, essa estrutura é fundamental para ampliar o acesso à informação, desenvolver novos negócios e promover a inclusão social. Cada vez mais, o país investe em projetos que levam fibra ótica a regiões remotas, fortalecendo a democratização do acesso e impulsionando a inovação.
A evolução dessa infraestrutura é uma resposta às crescentes demandas por conexão de alta capacidade, baixa latência e serviços avançados como telemedicina, automação industrial e Internet das Coisas (IoT). Para isso, redes de backbone robustas e soluções de última milha se tornam vitais, respeitando a necessidade de planejamento, compartilhamento de recursos e modernização das redes existentes.
Desafios como a ocupação desordenada de postes, a necessidade de regulamentação eficiente para o uso de dutos subterrâneos e a expansão de cobertura nas estradas exigem ações coordenadas entre setor público e privado. Projetos como o Norte Conectado exemplificam o potencial de levar conectividade a áreas remotas, promovendo inclusão, cidadania digital e desenvolvimento sustentável.
No contexto das rodovias, a conectividade vai além da obrigação regulatória, representando uma oportunidade de negócio estratégico. A implementação de dutos para cabos e a instalação de tecnologias inteligentes nas estradas caminham junto com a modernização da logística e segurança viária, como evidenciado por experiências bem-sucedidas na Europa e nos Estados Unidos.
A demanda por infraestrutura sob medida também cresce em setores específicos, como portos, aeroportos e áreas agrícolas, onde soluções personalizadas garantem maior eficiência e segurança. Entre os desafios, destacam-se a burocracia, a integração de planos, o compartilhamento eficiente de recursos e a substituição de redes antigas por fibra óptica.
Tendências atuais apontam para uma infraestrutura cada vez mais inteligente, com microcélulas para 5G, postes com sensores, redes ópticas em áreas rurais e integração com energias renováveis. Para consolidar essa transformação, é necessário que o Brasil deixe de tratar sua infraestrutura como um “vira-lata” e passe a reconhecê-la como um ativo vital para o futuro digital do país.
Hermano Pinto conclui que, apesar dos desafios, as oportunidades de crescimento e inovação na infraestrutura brasileira são enormes, beneficiando governo, empresas e cidadãos, que podem desfrutar de uma conectividade mais eficiente, segura e sustentável.