Na última sexta-feira, 11 de julho de 2025, as autoridades regulatórias norte-americanas concederam a aprovação final para a aquisição da Intelsat pela SES, uma operação que foi inicialmente proposta em maio de 2024 pelo valor de US$ 3,1 bilhões.
Esta aquisição representa um marco, já que as duas empresas, juntas, terão uma receita combinada de cerca de US$ 4 bilhões, fortalecendo significativamente sua posição no mercado global de satélites.
A FCC, órgão regulador das comunicações nos EUA, analisou a operação e concluiu que ela traz benefícios ao interesse público, especialmente ao ampliar a competição e a oferta de serviços nos Estados Unidos. Além da FCC, a aprovação também foi dada pelos Departamentos de Defesa, Segurança Doméstica e Departamento de Justiça, que apenas exigiram que os termos previamente estabelecidos por ambas as empresas fossem preservados.
Durante a análise, foram abordadas preocupações relacionadas aos serviços públicos prestados pela Intelsat, que antes operava como entidade multigovernamental. Essas obrigações permanecem, garantindo o cumprimento de compromissos sociais e regulatórios.
As empresas justificaram a operação pelo cenário competitivo desafiador no setor de satélites. Estima-se que até 2032, 80% do backhaul celular via satélite será atendido por satélites de órbita baixa (LEO). Além disso, no mercado de mídia, há uma tendência de substituição de satélites por redes de fibra óptica, devido à proximidade das infraestruturas terrestres com as plataformas de transmissão.
Antes da aquisição, a SES operava uma frota de 43 satélites geoestacionários e 23 satélites de órbita média, com receita de US$ 2,2 bilhões em 2024. A Intelsat possuía 57 satélites geoestacionários e receita de US$ 2 bilhões no último ano.
A aprovação, já concedida pelas autoridades europeias no mês passado, reforça o alinhamento global na liberação dessa fusão significativa na indústria de satélites. Para mais detalhes, consulte a análise completa da FCC disponível no link.