O Brasil, em parceria com a China, anunciou a entrada de ambos no seleto grupo de países capazes de desenvolver satélites geoestacionários, após a assinatura do acordo para o projeto do satélite CBERS-5 durante a Cúpula do BRICS, realizada de 05 a 07 de julho no Rio de Janeiro.
Este novo equipamento representa um avanço significativo para o programa China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS). Diferente de seus antecessores de órbita baixa, o CBERS-5 será um satélite meteorológico e ambiental de posicionamento fixo sobre o território brasileiro, trazendo uma capacidade sem precedentes na previsão do tempo e no monitoramento ambiental.
O projeto, que também reforça a cooperação internacional, prevê a transferência de tecnologia e o compartilhamento de dados gratuitos com países da América Latina e do Caribe. Além de fortalecer a soberania do Brasil na obtenção de dados espaciais, a iniciativa oferece benefícios em setores estratégicos como energia, agricultura, urbanização e resposta a desastres naturais.
Para a China, a colaboração significa a ampliação de sua capacidade de modelagem climática e pesquisa, com o acesso ao Hemisfério Ocidental, o que aprimora suas estratégias de previsão meteorológica. A assinatura do acordo, formalizada durante encontro de líderes, reforça o compromisso bilateral com o avanço tecnológico e o desenvolvimento sustentável.
Com a inclusão do Brasil no grupo de menos de 10 países que desenvolvem satélites geoestacionários, o país demonstra estar entre as nações de maior destaque na exploração espacial, abrindo novas possibilidades para a pesquisa e a inovação tecnológica.