No último domingo, 6, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pretende aplicar uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que se alinhar às políticas do grupo econômico Brics. Essa declaração foi feita em resposta à cúpula do Brics no Rio de Janeiro, que contou com a participação de 18 nações.
Segundo Trump, “qualquer país que se associe às políticas antiamericanas dos Brics pagará uma tarifa adicional de 10%. Não há exceções”. A declaração foi divulgada na plataforma Truth Social, evidenciando a postura firme do presidente norte-americano.
Enquanto o Brasil não se pronunciou diretamente, a China, maior economia do bloco, respondeu às críticas assertando que “o uso de tarifas não serve a ninguém” e que “se opõe ao uso de tarifas como ferramenta de coação”. Por sua parte, o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, ressaltou que o Brics não busca prejudicar terceiros, destacando a independência do grupo na condução de suas políticas.
A decisão do governo dos Estados Unidos de implementar tarifas incidentes sobre parceiros comerciais inicialmente estava prevista para quarta-feira, 9. Contudo, a Casa Branca comunicou que essas tarifas terão início apenas em 1º de agosto, após negociações prolongadas. Durante a cúpula, os líderes também reforçaram o compromisso com um sistema multilateral de comércio e a inclusão de novos membros, como Indonésia e Belarus.
Outro ponto relevante foi o acordo sobre a governança dos dados econômicos, com foco na digitalização e no comércio intra-Brics. Além disso, a comunhão de interesses também contempla o uso responsável do espectro de satélites e a promoção do comércio eletrônico, refletindo uma estratégia ambiciosa de integração econômica e autonomia digital.